4 de outubro de 2007

Um ano

Um ano sem ter sentido
um ano passar e um ano
tido. Nem por amor sofrido
nem sentido um amor humano

Nem olhares têm me atingido
Invisível, faço de véu o pano
que tira a poeira do livro lido
e seca meu pranto por engano

No dia de hoje eu parei
e pensei: é tarde... Faz tanto
tempo que te perdi e te amei

Se um ano passa e não sei
E nem derramar consigo meu pranto
Como, em mais um ano, te esquecerei?